Cada vez está mais comum vermos nas ruas cachorros com cadeiras de rodas passeando com seus donos. Particularmente fico feliz, pois já ouvi pessoas comentarem de terem sacrificado seus cães que vieram a se tornar paraplégicos, já que dá trabalho para cuidar e, teoricamente, não dá mais para levar uma vida “normal”. Nós, do Tudo sobre Cachorros, decidimos falar desse assunto para esclarecer as principais razões da paraplegia, explicar como ocorre a doença mais comum que pode levar à paralisia das patas traseiras – a Displasia Coxo-femural e conscientizar donos e futuros donos de que um cão paraplégico pode ser um cão muito feliz.
Existe uma série de lesões que podem afetar os cães levando a uma paralisia dos membros. Dentre elas podemos destacar lesões neurológicas, musculares e articulares.
Neste artigo, falaremos mais amplamente de algumas características que podem levar o animal a uma paralisia, e mais detalhadamente a respeito da Displasia Coxo-femural (DCF) que é a doença mais comum de ocorrer.
Ataxia, ou descoordenação, surge quando se rompem vias sensoriais responsáveis pela transmissão dos sinais que controlam a propriocepção. Ocorre mais comumente como conseqüência de doença da medula espinhal, mas também pode ser resultado de disfunção cerebelar ou doença vestibular.
A doença de medula espinhal promove a ataxia (descoordenação) dos membros acompanhada por certo grau de fraqueza ou paralisia. Na doença vestibular ocorre descoordenação e perda de equilíbrio, associadas à inclinação da cabeça e nistagmo (tremer dos olhos). E na doença cerebelaré caracterizada pela descoordenação da cabeça, do pescoço e dos quatro membros; os movimentos da cabeça, do pescoço e dos membros são bruscos e descontrolados; a marcha é esticada e de passadas altas (como se desse um passo maior que a perna).
Outras causas de paralisia:
O Vírus da Cinomose Canina, quando já atingiu o Sistema Nervoso Central, pode apresentar como sintomas rigidez cervical, convulsões, sinais cerebelares ou vestibulares, tetraparesia e descoordenação.
O Vírus da Raiva pode apresentar como sinais descoordenação e paralisia dos membros pélvicos, evoluindo para tetraparalisia.
Traumatismo da Medula Espinhal, sendo as mais comuns fraturas ou luxações da coluna e protusão traumática dos discos intervertebrais, o que podem gerar paralisias passageiras ou temporárias.
Discopatia Intervertebral Aguda: trata-se da ruptura aguda do disco intervertebral, sendo que é mais comum de ocorrer em raças de pequeno porte como Dachshund, Poodle Toy, Pequinês, Beagle, Welsh Corgi, Lhasa Apso, Shih Tzu, Yorkshire e Cocker Spaniel, podendo levar a uma paralisia.
Embolismo Fibrocartilaginoso: podem ocorrer infarto agudo e necrose isquêmica da medula espinhal em conseqüência do alojamento de fibrocartilagem em artérias e veias de pequeno calibre. Esse fenômeno pode comprometer qualquer região da medula espinhal e resultar em paresia ou paralisia. A causa não é conhecida. Em cerca da metade dos casos, o embolismo ocorre imediatamente após traumatismo secundário ou esforço físico.
Mielopatia Degenerativa: acomete geralmente cães mais idosos (com mais de 5 anos de idade) das raças Pastor Alemão, Husky Siberiano e Chesapeake Bay Retriever, causando perda lentamente progressiva da propriocepção, paralisia dos membros pélvicos devido à lesão em Neurônio Motor Superior.
Paralisia causada pelo Carrapato: os sinais ocorrem de 5 a 9 dias após a fixação do carrapato. O animal apresenta fraqueza dos membros pélvicos evoluindo rapidamente para o decúbito (ficar deitado de lado) em 24 a 72 horas, o que resulta em paralisia completa do Neurônio Motor Inferior.
Botulismo: é raro em cães, sendo o resultado da ingestão de alimento deteriorado ou carcaça de algum animal em decomposição contendo a toxina do tipo C produzida pela bactéria Clostridium botulinum, que causa paralisia completa do Neurônio Motor Inferior.
Doença Articular Degenerativa (DAD): é um distúrbio crônico, progressivo, não-inflamatório, que resulta em lesão da cartilagem articular e alterações degenerativas e proliferativas. O dano inicial às cartilagens articulares pode ser um fenômeno idiopático ou decorrente de um estresse mecânico anormal (como um trauma). Como sintoma apresenta, inicialmente, rigidez articular e claudicação que pode ser mascarada quando o animal se aquece pelo exercício físico. À medida que a DAD progride, a fibrose gerada e a dor podem levar à diminuição da tolerância ao exercício, claudicação constante e, nos casos mais graves, atrofia muscular. Uma única articulação ou várias podem ser acometidas.
A DISPLASIA COXOFEMURAL (COXO-FEMURAL)
A displasia coxofemural em cães (DCF) se trata de uma alteração da conexão entre a cabeça do fêmur e o acetábulo (estrutura que liga a pélvis ao fêmur).
Sua transmissão é hereditária, recessiva, intermitente e poligênica, ou seja, pode ter vários genes que contribuem para essa alteração. Em associação à hereditariedade, a nutrição, fatores biomecânicos e ambiente que o animal se encontra podem piorar a condição da displasia. O ambiente a qual me refiro pode ser, por exemplo, o tipo de piso, quanto mais liso o piso, maiores são as chances de o cão escorregar, sofrer um acidente, uma luxação, agravando, assim, o problema.
Sintomas da Displasia
Os sinais clínicos da displasia coxofemural variam muito, podendo apresentar claudicação uni ou bilateral, (ou seja, de uma ou das duas pernas) dorso arqueado, peso corporal deslocado em direção aos membros anteriores, com rotação lateral desses membros e andar bamboleante, como se fosse cair a qualquer momento.
Geralmente os sinais aparecem dos 4 aos 6 meses de idade, inicialmente como uma manqueira discreta que pode ir se desenvolvendo até que o animal perca a capacidade de se locomover.
Os sintomas são muito variados, mas o que se deve estar atento é com a dificuldade em caminhar, crepitações (estalos) nas articulações (juntas) e sinais de dor que vagarosamente passam a ser constantes. O animal começa mancando de alguma das patas traseiras, com dor ao andar, atrofia muscular, mobilidade alterada (muita ou pouca), choro pela dor, arrasta-se pelo chão, e, dependendo da gravidade do caso, como já oi dito, perde os movimentos das patas traseiras.
Existem cães que são apenas portadores da displasia, não apresentam dor, estes apenas são diagnosticados através do exame radiográfico, com isso, as manifestações clínicas nem sempre são compatíveis com os achados radiológicos. Estudos estatísticos mostram que 70% dos animais radiograficamente afetados não apresentam sintomas e somente 30% necessitam de algum tipo de tratamento.
Nos últimos anos, as associações de criadores das diferentes raças caninas têm demonstrado maior preocupação com a DCF e, da mesma forma, os proprietários estão mais bem informados quanto aos problemas que esta afecção pode causar. Assim, é fundamental que os médicos veterinários estejam cada vez mais envolvidos com exames radiográficos para a displasia, sabendo interpretá-los corretamente. A qualidade radiográfica vai depender das radiografias devidamente identificadas e as que obedecerem aos critérios de posicionamento do animal, cujo padrão de qualidade ofereça condições de visualização da micro trabeculação óssea da cabeça e colo femorais e ainda definição precisa das margens da articulação coxofemural, especialmente do bordo acetabular dorsal, além do tamanho do filme que deve incluir toda a pelve e as articulações fêmoro-tíbio-patelares do paciente.
A doença afeta muitas raças de cães sendo mais comum nas de grande porte, tais como Pastor Alemão, Rotweiller, Labrador, Weimaraner, Golden Retriever, Fila Brasileiro, São Bernardo, dentre outras. Mas também em menor quantidade de casos, a DCF pode atingir cães que tenham menores taxas de crescimento, ou seja, o rápido crescimento do esqueleto que não foi acompanhado devidamente pelo crescimento da musculatura pélvica. Não há preferência quanto a machos ou fêmeas, os atingindo na mesma freqüência.
Diagnóstico:
Para a realização do diagnóstico, utiliza-se o exame Radiográfico (Raios-X), sendo este um método seguro diante de alguns cuidados.
Para a realização do diagnóstico, utiliza-se o exame Radiográfico (Raios-X), sendo este um método seguro diante de alguns cuidados.
As articulações coxofemorais de cães que eventualmente desenvolvem displasia são estrutural e funcionalmente normais ao nascimento. O diagnóstico radiográfico pode ser feito, inicialmente, entre seis e nove meses de idade, dependendo da gravidade do caso. Porém a indicação mais segura é que seja feita com 12 meses de idade em cães pequenos e 18 meses para cães de grande porte, devido justamente ao processo de crescimento dos cães, especialmente antes do fechamento das placas epifisárias (são locais onde existe um espaço para que a cartilagem do filhote possa crescer e se calcificar formando osso), podendo, antes dessa idade, dar um resultado incorreto (falso negativo).
De acordo com as Normas do Colégio Brasileiro de Radiologia Veterinária, o diagnóstico definitivo só pode ser tido com 24 meses de vida do animal.
Para o melhor resultado do exame, o cão deverá estar em jejum por 8 horas. Ele receberá um sedativo para relaxar a musculatura, objetivando-se obter o melhor posicionamento técnico para a melhor imagem possível. Não é recomendado para gestantes, pois seus filhotes podem ser prejudicados e nem para cadelas que pariram há menos de 30 dias, pois sua ossatura ainda não voltou ao normal.
Na compra do cão das raças predispostas a terem a DCF, deve ser verificado os laudos de pais e avós e algumas gerações anteriores do animal que tenham resultado negativo para a displasia.
Porém, devido à genética, mesmo com laudos de pais e avós e os avanços feitos, existe uma probabilidade pequena de que o filhote adquirido possa ser portador da DCF.
Após o exame radiográfico, algumas técnicas auxiliares são utilizadas na avaliação radiográfica, como a técnica de Norberg que se vale de uma escala e de angulações para resultado da DCF mediante classificações que são divididas em 5 categorias de acordo com as características encontradas:
Grau A: Articulações coxofemorais normais: a cabeça femural e o acetábulo são congruentes. Angulação acetabular, segundo Norberg de, aproximadamente, 105º.
Grau B: Articulações coxofemorais próximas da normalidade: a cabeça femural e o acetábulo são ligeiramente incongruentes e angulação acetabular, de acordo com Norberg, de, aproximadamente, 105º.
Grau C: Displasia coxofemural leve: a cabeça femural e o acetábulo são incongruentes. Angulação acetabular, é de aproximadamente 100º.
Grau D: Displasia coxofemural moderada: a incongruência entre a cabeça femural e o acetábulo é evidente, com sinais de subluxação. Angulação acetabular, segundo Norberg, é de aproximadamente 95º.
Grau E: Displasia coxofemural grave: há evidentes alterações displásicas da articulação coxofemural, com sinais de luxação ou distinta subluxação. O ângulo de é menor que 90º. Há evidente achatamento da borda acetabular cranial, deformação da cabeça femural ou outros sinais de osteoartrose.
Tratamento:
O tratamento clínico é baseado na utilização de analgésicos, antiinflamatórios para amenizar a dor do animal, melhorando a capacidade de movimentação, controle de peso do animal, pois a obesidade é um fator que forçam as articulações, atrapalhando o processo de recuperação, fisioterapia (natação, caminhadas), evitar que o animal caminhe em piso liso, acupuntura, gerando bons resultados.
O tratamento clínico é baseado na utilização de analgésicos, antiinflamatórios para amenizar a dor do animal, melhorando a capacidade de movimentação, controle de peso do animal, pois a obesidade é um fator que forçam as articulações, atrapalhando o processo de recuperação, fisioterapia (natação, caminhadas), evitar que o animal caminhe em piso liso, acupuntura, gerando bons resultados.
Existe também o tratamento cirúrgico para os casos considerados de maior gravidade, a técnica mais utilizada é a implantação de uma prótese total do quadril, sendo este procedimento é praticado apenas em cães com mais de dois anos, uma vez que os ossos necessitam de estar bem formados para suportarem os implantes. Não só com o objetivo de minimizar a dor, mas também de devolver a funcionalidade à anca e corrigir os erros genéticos.
Outras técnicas cirúrgicas utilizadas também podem ser: osteotomia tripla, em cachorros até aos 12 meses, pode-se recorrer a esta cirurgia, desde que os animais não apresentem artrite; dartroplastia, procedimento mais recente, para cães jovens que não têm as condições necessárias para uma osteotomia tripla ou prótese total da anca; osteotomia da cabeça do fêmur, sendo a excisão da cabeça do fêmur que é um procedimento utilizado em último recurso; colocefalectomia; osteotomia intratocantérica; acetaculoplastia; pectinectomia; denervação da cápsula articular.
Como prevenir a Displasia Coxofemural
Evitar obesidade; controle da quantidade de ração e suplementos inadequados ou em excesso para os filhotes, não acelerando seu crescimento inadequadamente, facilitando o surgimento da DCF; exercício para filhotes a partir dos 3 meses de idade de maneira moderada para que possa desenvolver satisfatoriamente a musculatura pélvica e nunca em excesso; o ambiente deve ser favorável ao animal, evitando sempre que ele fique em pisos lisos; filhotes devem ser colocados em chão áspero, para não forçarem a articulação; seleção genética, adquirindo animais de cruzamentos genéticos (pais e avós) que possuam negatividade para DCF. É muito importante adquirir cães de criadores sérios e indicados por outros compradores. O cruzamento de “fundo de quintal” ajuda muito na propagação da doença, já que muitas vezes esse controle não é feito, o que gera centenas de filhotes doentes e com grandes chances de se tornarem paraplégicos. Cuidado com venda de cães em feirinhas e petshops.
Evitar obesidade; controle da quantidade de ração e suplementos inadequados ou em excesso para os filhotes, não acelerando seu crescimento inadequadamente, facilitando o surgimento da DCF; exercício para filhotes a partir dos 3 meses de idade de maneira moderada para que possa desenvolver satisfatoriamente a musculatura pélvica e nunca em excesso; o ambiente deve ser favorável ao animal, evitando sempre que ele fique em pisos lisos; filhotes devem ser colocados em chão áspero, para não forçarem a articulação; seleção genética, adquirindo animais de cruzamentos genéticos (pais e avós) que possuam negatividade para DCF. É muito importante adquirir cães de criadores sérios e indicados por outros compradores. O cruzamento de “fundo de quintal” ajuda muito na propagação da doença, já que muitas vezes esse controle não é feito, o que gera centenas de filhotes doentes e com grandes chances de se tornarem paraplégicos. Cuidado com venda de cães em feirinhas e petshops.
MEU CACHORRO ESTÁ PARAPLÉGICO. E AGORA?
O que é importante que saibamos é que, independentemente de qual fator que levou o seu cão a um processo de paralisia, em muitos casos a eutanásia não é necessária, pois existem tratamentos eficientes e, em última instância, quando a paralisia está mesmo instalada, existem as cadeirinhas adaptadas aos cães que podem ter uma vida saudável quando se adaptam a elas, assim como fraldas próprias para cães para manter a higiene do animal quando este perdeu o controle nervoso na hora de fazer as necessidades. A questão aqui é muito particular ao proprietário quanto à disponibilidade de tratamento do cão, pois, envolvem questões financeiras, tempo e cuidado de um humano.
O que é importante que saibamos é que, independentemente de qual fator que levou o seu cão a um processo de paralisia, em muitos casos a eutanásia não é necessária, pois existem tratamentos eficientes e, em última instância, quando a paralisia está mesmo instalada, existem as cadeirinhas adaptadas aos cães que podem ter uma vida saudável quando se adaptam a elas, assim como fraldas próprias para cães para manter a higiene do animal quando este perdeu o controle nervoso na hora de fazer as necessidades. A questão aqui é muito particular ao proprietário quanto à disponibilidade de tratamento do cão, pois, envolvem questões financeiras, tempo e cuidado de um humano.
É muito importante também que o dono esteja atento ao animal desde o momento de sua aquisição, fazendo uma varredura a partir do atendimento pelo médico veterinário de qualquer problema que o animal ainda não tenha, mas que possa vir a ter, assim como nos casos de Displasia Coxofemural, ter conhecimento das gerações anteriores do filhote.
DEPOIMENTOS
Julia e sua cachorrinha Mocinha
“A nossa história começou de uma forma clássica: recebi um e-mail que dizia que se alguém não buscasse o cachorro que estava numa clínica em Osasco até o fim daquele dia, ele seria sacrificado no dia seguinte. Mesmo sabendo que não poderia ficar com o cão, pois eu já tinha 5, fui até lá resgatá-lo.
Quando cheguei lá a mulher me mostrou a gaiola e falou: é essa mocinha aqui. Pronto, ela já saiu de lá com nome: MOCINHA.
Levei ela pra morar na casa dos meus avós em Campos do Jordão. Ela amou o lugar, muito espaço pra correr e mais 3 cães para brincar.
Durante um ano tudo correu bem e eu ia visitá-la aos finais de semana. Até que um dia, quando cheguei lá, a Mocinha estava se arrastando. Misteriosamente. O veterinário de lá não sabia o que era e foi uma coisa repentina. Não tive dúvidas: voltei com ela pra São Paulo pra procurar tratamento. Nenhum veterinário soube dizer ao certo o que ela tem. Mas como ela consegue abanar o rabo, achavam que ela voltaria a andar. Começamos a fazer um tratamento com acupuntura. E eu levava ela pra fazer suas necessidades com uma toalha como apoio. O tempo foi passando e nada dela voltar a andar. Até que me informaram que não tinha mais esperanças, ela não andaria mais. E claro, já estava mais do que decido que a Mocinha era oficialmente parte da família.
Então, encomendei a cadeirinha. Ela se adaptou muito bem. Todos os dias vai passear e é o xodó da praça na rua de trás.
No começo acontecia muitas vezes dela fazer cocô e xixi na cama, mas com o tempo ela aprendeu a nos avisar a hora certa de levá-la ao banheiro. Ela dá uma choradinha.
A gente brinca com ela na caminha mesmo e quando ta na cadeirinha, brinca normalmente com os outros cães.
Onde vou a levo comigo. Como trabalho a noite e meu namorado de dia, é perfeito. Ela nunca fica sem ninguém em casa.
Resumindo, a Mocinha é minha grande companheira. Somos unha e carne. E posso dizer que ela é muito feliz e amada!
Algumas dicas:
- Sempre deixo um brinquedo na caminha pra ela roer.
- Não deixar muito tempo na cadeirinha porque machuca. Cuidar bem dos assados causados pela cadeirinha. E se tiver numa fase em que a cadeirinha esteja machucando muito, levar na toalha.
- Deixar sempre água ao alcance do cão.
Semana passada ela foi num veterinário novo que também ficou intrigado com o fato dela conseguir abanar o rabo. Ele acha que essa paralisia pode ser sequela de uma cinomose.”
Mocinha brincando feliz e contente em sua cadeira de rodas:
Janaína Reis e sua cadelinha Doralice
“No dia 29/06/2011 soube que, no CCZ de Santo André, estava uma cadela paraplégica, que havia sido abandonada COM CADEIRA DE RODAS, e que seria eutanasiada em poucos dias caso não fosse adotada. Foi impossível ignorar esse caso e decidi, junto com 4 amigas, retirá-la de lá.
Doralice chegou pra mim no dia 01/07/2011. Estava muito magra, debilitada, suja e com diarréia.
Começamos os cuidados: banho, vermifugação, RX da coluna e tratamento para a diarréia.
Doralice apareceu no programa Estação Pet, da Luisa Mell, e com isso conseguimos realizar os exames de tomografia e a ressonância magnética, que foram doadas por dois grandes hospitais veterinários de São Paulo (Hospital Koala e Hospital Cães e Gatos Dr. Hato, em Osasco, respectivamente).
Nesses exames constatamos que o caso de Doralice era irreversível e que não havia possibilidade de correção cirúrgica.
Poucos dias após a realização da ressonância magnetica, Doralice desenvolveu uma infecção uterina e preciso ser operada às pressas.
Sua recuperação foi excelente e desde então Doralice tem uma saúde ‘de ferro’.
Doralice tem uma vida praticamente normal: come, brinca, se movimenta sozinha, apesar da paralisia dos membros pélvicos. Usamos o carrinho apenas para passear na rua.
Doralice se adaptou muito bem à sua nova condição e me arrisco a dizer que ela não possue limitações importantes no seu dia-a-dia. Doralice precisa de auxílio apenas para esvaziar a bexiga, pois com a paralisia ela perdeu a capacidade de contraí-la e esvaziá-la sozinha. É necessário realizar a compressão da bexiga 3 ou 4 vezes por dia.
Doralice foi um presente na minha vida. À princípio a idéia era procurar um adotante para ela, mas isso se tornou impossível após o vínculo que criamos.
Hoje não saberia mais viver sem minha ‘chulezenta’…”
Você tem um cachorrinho paraplégico? Nos conte sua história e publicaremos aqui.Fale com a gente!
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